Visão geral |
Na negociação, as partes em um conflito se encontram para chegar a uma solução mutuamente aceitável. Não há facilitação ou mediação por parte externa: cada parte representa seu próprio interesse. |
Na facilitação, uma parte externa trabalha com as partes em conflito para garantir que haja um diálogo construtivo sobre o processo de interação e as questões substantivas. Essa abordagem é frequentemente usada quando há várias partes e os problemas não são claros. Os facilitadores criam as condições para uma troca livre, aberta e ordeira entre as partes. O facilitador concentra-se no processo e não oferece opiniões voluntárias sobre o conteúdo, a menos que solicitado. Além de ser usada para resolver conflitos, a facilitação pode ser usada como um primeiro passo para identificar um processo apropriado de resolução de disputas. |
Mediação é um processo de resolução de conflito no qual uma parte externa supervisiona a negociação entre duas (ou mais) partes em conflito. Juntas, as partes em conflito escolhem um mediador para orientá-las na concepção de um processo de engajamento e para chegar a um acordo sobre soluções mutuamente aceitáveis. O mediador busca estabelecer um ambiente propício para o compartilhamento de informações, abordando problemas subjacentes e expressando emoções. É mais formal do que facilitação. Embora as partes frequentemente compartilhem os custos da mediação, nem sempre é esse o caso. A mediação é útil quando as partes chegaram a um impasse. |
A arbitragem é um processo no qual uma parte externa ou painel neutro e independente se reúne com as partes em conflito, ouve as apresentações de cada lado e faz uma conclusão sobre a disputa. É uma alternativa menos formal ao litígio. A decisão do árbitro pode ser vinculativa ou não, dependendo de acordo prévio entre as partes. As partes escolhem o árbitro por consenso e as partes podem definir as regras que regem o processo. |
A adjudicação envolve o recurso aos tribunais. Em um processo legal, as partes em uma disputa são ouvidas por um tribunal que decide sobre o caso com base nas leis em vigor na jurisdição. A adjudicação pode ser imprevisível, intimidante para as partes interessadas, demorada e cara, e as partes interessadas também podem considerar a lei injusta. Portanto, geralmente deve ser usado como último recurso, embora a Anglo American deva sempre respeitar os direitos das partes interessadas de buscar reparação legal. Embora às vezes não seja possível, o início da adjudicação não deve impedir as tentativas de engajamento contínuo entre as partes, com o objetivo de manter o diálogo, buscar resolução e, consequentemente, evitar processos judiciais. |
Resultado procurado |
Acordo mutuamente aceitável |
Resultado mutuamente acordado |
Acordo mutuamente aceitável |
Sentença de arbitragem |
Julgamento do tribunal |
Voluntário/Involuntário |
Caráter voluntário |
Caráter voluntário |
Caráter voluntário |
Caráter voluntário |
Involuntário |
Vinculativo/não vinculativo |
Acordo exequível como um contrato, se escolhido pelas partes |
Não vinculativo |
Acordo exequível como um contrato, se escolhido pelas partes |
Vinculativo ou não vinculativo |
Vinculativo |
Privado/público |
Privado |
Privado |
Privado |
Privado |
Público |
Participantes |
Somente as partes |
Facilitador e partes |
Mediador e partes |
Árbitro e partes |
Juiz e partes |
Envolvimento de terceiros |
As partes se comunicam diretamente |
O Facilitador, selecionado pelas partes, facilita o processo |
O Mediador, selecionado pelas partes, facilita o processo |
O Árbitro, acordado e nomeado pelas partes, conduz o processo de arbitragem |
Advogados, juiz |
Estrutura |
- Normalmente informal e não estruturado
- Não adversário
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- Flexível
- Regras básicas mutuamente acordadas
- Não adversário
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- Flexível
- Normalmente informal e não estruturado
- Não adversário
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- Mais formal do que a mediação, mas menos formal do que a adjudicação
- As regras processuais e as leis substantivas podem ser definidas pelas partes
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- Formal
- Estruturado por regras pré-determinadas
- Contraditório
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Vantagens |
- Pode ser mais rápido e barato do que a adjudicação ou solução legal
- As partes mantêm o controle sobre o processo e o resultado
- As partes trabalham juntas para encontrar soluções onde todos saem ganhando
- As decisões podem ser adaptadas às necessidades das partes
- Acordos com maior probabilidade de serem implementados e problemas futuros resolvidos de forma não adversária
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- Pode ser mais rápido e barato do que a adjudicação ou solução legal
- Permite que uma ampla gama de problemas seja tratada rapidamente
- As partes trabalham para entender os problemas, gerar opções e explorar as implicações
- As partes identificam o caminho a seguir
- As partes constroem relacionamentos melhores
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- Pode ser mais rápido e barato do que a adjudicação ou solução legal
- Permite que soluções criativas sejam encontradas
- As partes mantêm o controle sobre o processo e o resultado
- As partes trabalham juntas para encontrar soluções onde todos saem ganhando
- Questões substantivas de importância para as partes podem ser abordadas
- As decisões podem ser adaptadas às necessidades das partes
- As partes podem contribuir diretamente com a compreensão e experiência de especialistas
- Resulta em maior probabilidade de implementação de acordo e relacionamentos aprimorados
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- Pode ser mais rápido e barato do que a adjudicação ou solução legal
- As partes podem adaptar o processo para atender às suas necessidades
- As partes podem escolher especialistas no assunto como árbitros
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- A aplicação de regras judiciais e legais pode ajudar a resolver os desequilíbrios de poder
- Pode ser a única opção onde a causa raiz está relacionada à falta de clareza nos direitos legais
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Desvantagens |
- Este método pode não ser adequado para casos complexos
- A falha em implementar o acordo pode exigir a execução por meio de tribunais (onde o acordo é exequível como um contrato) ou pode exigir que outra abordagem de conflito seja tomada
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- Este processo não é vinculativo
- A facilitação não resulta em acordo contratual. Caso seja necessário um acordo contratual formal, um processo de negociação deverá seguir o resultado de um processo facilitado
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- Pode aumentar desequilíbrios de poder
- Pode não se chegar a um acordo
- A falha em implementar o acordo pode exigir a execução por meio de tribunais (onde o acordo é exequível como um contrato) ou pode exigir que outra abordagem de conflito seja tomada
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- As partes abrem mão do controle sobre a decisão final
- O sucesso depende da competência dos árbitros
- Dependendo do regime jurídico aplicável, pode haver oportunidade limitada de apelar ou buscar uma revisão formal de uma sentença arbitral
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- Lento e caro
- Os processos judiciais podem ser intimidantes e difíceis de entender para muitas partes interessadas
- Os resultados iniciais dos processos judiciais podem resultar em recursos ou outros litígios
- As decisões são restritas a parâmetros legais estreitos e podem não incluir orientação sobre questões como futuras relações construtivas entre as partes
- As partes abrem mão do controle sobre o processo e a decisão
- Impróprio para disputas envolvendo questões sociais mais amplas ou questões de justiça não refletidas na lei
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